AJUSTE FISCAL DE CAIADO SE ASSEMELHA AO DE COVAS, O MELHOR JÁ FEITO ATÉ HOJE EM UM ESTADO BRASILEIRO
A vitória no Supremo Tribunal Federal STF que marca a abertura das portas do Regime de Recuperação Fiscal – RRF e a consequente redenção financeira para Goiás, consolidando em definitivo o fim de décadas e décadas de desequilíbrio entre receita e despesa, é um passo que vai colocar o governador Ronaldo Caiado como o melhor que já administrou o Estado. Não é exagero, leitoras e leitores. Em quase dois anos e meio de gestão, Caiado conseguiu soluções que se aproximam de um milagre e, na verdade, já fez um ajuste fiscal eficiente e produtivo, na medida do que foi e é possível dentro dos limites legais e financeiros que recebeu ao assumir o Palácio das Esmeraldas. Agora, irá muito, mas muito adiante. Seu trabalho pode ser comparado em pé de igualdade com o do governador de São Paulo Mário Covas, o primeiro no Brasil a organizar um Estado dentro dos moldes da responsabilidade fiscal – cujos resultados perduram ainda hoje, mais de 20 anos depois da profunda reforma que introduziu na máquina pública paulista. Mesmo adversários são obrigados a reconhecer que Goiás está assumindo uma posição diferenciada dentre os pares da Federação: Caiado faz o que todos os governadores que o antecederam sonharam fazer, mas não passaram nem perto.
MARCONI E ZÉ ELITON SE ASSANHAM COM O ENCONTRO HISTÓRICO ENTRE LULA E FHC
O encontro histórico entre os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso assanhou o PSDB de Goiás. É que os tucanos liderados pelos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton correm desesperados atrás de qualquer hipótese de aliança, com um objetivo claro: diluir, ao menos em parte, os pesados desgastes acumulados pelo partido e que tornam difícil, senão impossível, o seu retorno ao palco principal da política estadual. Sem atrair algum partido, qualquer que seja, de mínima expressão, o PSDB teria que se apresentar sozinho às eleições de 2022, sem um biombo para esconder a cara feia que a legenda ganhou desde os escândalos de corrupção dos seus governos até o massacre nas urnas de 2018, quando já era alvo de uma ojeriza da sociedade que inegavelmente ainda persiste. Só que, para o 1º turno, no ano que vem, não há hipótese de aproximação nacional entre o PT e o PSDB, já que ambas as siglas deverão lançar candidatos à Presidência da República. Mas, no 2º, as coisas mudam e os tucanos podem, sim, acabar apoiando os petistas contra, por exemplo, Jair Bolsonaro. Isso não resolve o drama de Marconi e Zé Eliton, que precisam de uma solução diversionista para arranjar um palanque melhor até onde for possível para o 1º turno (que é quando ocorrem as eleições para a Assembleia e para a Câmara Federal).
PAULO ORTEGAL, FIEL ESCUDEIRO, É CANDIDATO A 1º SUPLENTE DE SENADOR DE IRIS
A candidatura de Iris Rezende a senador, em 2022, tem um entusiasta que é talvez, hoje, a pessoa que mais tem intimidade com o velho cacique, afora seus familiares. É o conselheiro aposentado do TCM Paulo Ortegal, presença constante no escritório político da avenida T-4 quando as portas são abertas para visitas de políticos e correligionários. Um detalhe significativo é que Ortegal também é candidato, nesse caso a 1º suplente de Iris, que, pela idade avançada, tem a obrigação de pensar muito bem em quem seria o seu eventual substituto se houver alguma intercorrência indesejada ao longo do mandato. Isso tem um significado especial: quer dizer que há alguém permanentemente ao lado do ex-prefeito ajudando no convencimento para que venha a pleitear a senatória, se é que ele tem alguma dúvida.
DANIEL VILELA PRESIDE UM PARTIDO QUE CONTINUA INTERNAMENTE RACHADO
Uma das variáveis que pode levar o presidente estadual do MDB Daniel Vilela a optar pela candidatura a deputado federal, além da premência para recuperar um mandato, é a divisão interna do partido – que ele, Daniel, sentiu na carne em 2018, quando um grupo de prefeitos de expressão, como Adib Elias, de Catalão, e Paulo do Vale, de Rio Verde, abandonou a sua campanha para embarcar no projeto vitorioso de Ronaldo Caiado. Esses prefeitos foram expulsos, mas o MDB prosseguiu como uma legenda rachada. Os vereadores em Goiânia, por exemplo, não acompanharam a decisão de romper com o prefeito Rogério Cruz e preferiram ficar na base do Paço Municipal. Há prefeitos também que não se alinham com a atual direção da sigla e reclamam de que não são ouvidos ou consultados pelo presidente. Tanto que na última reunião no diretório estadual, embora tudo tenha sido acobertado, houve discussões acaloradas. Onofre Galdino, de Ouvidor, conhecido como Onofrim, foi um dos peitaram Daniel Vilela na ocasião – chegando, os dois, aos gritos e a desferir pancadas... na mesa.
GUSTAVO MENDANHA É PROVINCIANO E NÃO TEM PREPARO PARA DEBATER GOIÁS
O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha enfrenta um desafio sem solução: é desconhecido fora das fronteiras do município. Ninguém de fora sabe quem é ele, em grande parte por sua própria culpa, já que sempre foi envolvido com o paroquialismo e as picuinhas de um dos ambientes políticos mais atrasados do Estado, onde tudo se resolve com nomeações publicadas no Diário Oficial da Prefeitura. Mendanha tem uma enorme carência de ideias e de conteúdo, a começar pela falta de planejamento da sua administração e da inexistência de respostas para desafios básicos como falta de escolas para crianças, dezenas de bairros na lama e na poeira e, acreditem, leitoras e leitores, milhares de famílias passando fome, em situação de pobreza extrema, em um retrocesso civilizatório sem precedentes. Aparecida não é exemplo para nenhum outro município. E seu prefeito, incapaz para falar com um mínimo de propriedade sobre políticas demandadas pelo Estado, como é a sua pretensão. Até hoje nada saiu da sua boca que tivesse consistência para ser levado ao conhecimento global de Goiás. Sua única proposta é transformar Goiás em uma imensa Aparecida. Na verdade, é um político provinciano travestido de jovem e moderno.
COM LULA ELEITO, DANIEL VILELA PODERÁ SER O NOVO MINISTRO DOS ESPORTES
Há um elemento extremamente motivador para a decisão do presidente estadual Daniel Vilela a favor de uma candidatura a deputado federal nas próximas eleições: pelo apoio que já está dando a Lula e dará em 2022, o MDB fatalmente se credenciará, caso conquiste uma bancada expressiva no Congresso, a indicar alguns ministérios e Daniel Vilela, segundo o presidente nacional do partido Baleia Rossi, poderá ser um dos bafejados, com chances de assumir um eventualmente recriado Ministério dos Esportes – que já existiu e foi convertido por Jair Bolsonaro em Secretaria Especial do Ministério da Cidadania. Um futuro, como se vê, brilhante para o atual presidente estadual do MDB. Mas que, para ser alcançado, passa não só pela sua própria condução à Câmara dos Deputados, como também pela eleição de uma bancada expressiva por Goiás, com pelo menos três deputados federais, o que é perfeitamente possível desde que o filho e herdeiro de Maguito Vilela venha a puxar a chapa.
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