GUSTAVO MENDANHA ENTRA NA LINHA DE TIRO DOS PRÓPRIOS SEGUIDORES NAS REDES SOCIAIS
Os políticos sabem que, quando procuram atendimento médico fora de Goiás, são inevitavelmente alvo de críticas. Foi o caso de Maguito Vilela quando foi tratar a infecção pela Covid-19 no caríssimo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e é o que acontece agora com o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, que levou o seu pai, ex-deputado estadual Léo Mendanha, em estado gravíssimo para ser socorrido no mesmo hospital. O desgaste de Mendanha com essa decisão, que é direito seu e humanitariamente deveria estar acima de qualquer avaliação, pode ser notado nos comentários negativos dos seus seguidores nos perfis que mantém no Instagram e Facebook, quase todos chamando atenção para o fato de Aparecida contar com um hospital municipal que o próprio prefeito apresenta como vitrine da sua gestão e garante que é referência no Estado, mas, na visão dos internautas, não serviu para atender o seu próprio pai, muitos considerando que assim ele mesmo desmente discurso que costuma entoar sobre a excelência do HMAP. Tocar nessa estória não é falta de respeito diante do difícil momento vivido por Gustavo Mendanha falar sobre esse assunto. Assim como não é chamar a atenção para o fato de que ele teve toda a sua família contaminada, em uma cidade que adotou medidas flexíveis e não acompanhou o endurecimento do decreto estadual para afastar a propagação desenfreada do vírus. Pode não ser coincidência.
MARCONI QUER VOLTAR A INFLUENCIAR A POLÍTICA ESTADUAL, MAS ESCOLHE O CAMINHO ERRADO
É natural que uma liderança que passou quase 20 anos reinando como um semideus no governo de Goiás, e de repente caiu, queira recuperar o seu lugar, pelo menos a ponto de ter sua opinião ouvida e as suas posições consideradas. Esse é o caso do ex-governador Marconi Perillo, que experimentou com a eleição de 2018 uma queda raramente vista na história política, a ponto de hoje representar nada ou quase nada para a sociedade estadual – sobre a qual ele foi uma estrela a brilhar absoluta por perto de duas décadas. É previsível Marconi espernear para voltar a ser uma peça importante no xadrez dos partidos em Goiás. O problema está nos meios a que o ex-governador recorre – escolhendo preferencialmente uma linha aguda de ataques e críticas ao governador Ronaldo Caiado, que, a propósito, não é o responsável pelo seu tombo. O responsável, basta pensar um pouco, leitoras e leitores, é o próprio Marconi. Para ressurgir, o ex-governador tucano precisa se apoiar em ideias e propostas para Goiás. Fora daí, cai na vala comum da políticagem e lá continuará enterrado.
DESELEGÂNCIA DE ROGÉRIO CRUZ NA EXONERAÇÃO DE SECRETÁRIOS É UM HORROR
Poucas vezes se viu na gestão pública um chefe de Executivo tão pouco qualificado para dar encaminhamento ético e educado para as questões da sua equipe de auxiliares como Rogério Cruz. Fraco, mas fraco mesmo. As demissões de Andrey Azeredo da Secretaria de Governo e agora do jornalista Bruno Rocha Lima, essa última em especial, extrapolam a liturgia do poder e expõe uma autoridade que, se não respeita os que o cercam, também não será respeitada fora desse círculo. A demora, a exposição, os desgastes com que foram trocados configuram uma lamentável falta de ética. Marcos Teixeira, que foi para a Secom, contribuiu com esse lamentável espetáculo, ao dar entrevista confirmando ter sido alvo de sondagem e que já estava tomando conhecimento da pasta, onde atuava, naquele momento, um secretário com o qual o prefeito não tinha dado uma palavra sobre demissão. Há um quê de baixo nível nisso tudo, que incomoda quando se lembra que se trata da gestão de uma cidade do porte de Goiânia.
MAGUITO MORREU EM RAZÃO DA NEGLIGÊNCIA E IMPRUDÊNCIA DIANTE DA COVID-19
Quando o prefeito eleito de Goiânia Maguito Vilela morreu, estabeleceu-se um manto de silêncio sobre as suas circunstâncias pessoais quanto ao contágio pela Covid-19 – que, em se tratando de um homem público, não teve e não tem a menor justificativa. O que se passou com ele pode e merece ser discutido, inclusive como exemplo para que não se repita com outras pessoas de projeção – a exemplo do drama por que passa, neste momento, o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, com praticamente toda a família infectada. Sempre é positivo lembrar que Maguito foi a óbito na razão direta do desleixo com que ele, a sua família e a coordenação da campanha do MDB em Goiânia trataram a prevenção necessária a um homem que havia perdido duas irmãs, em 10 dias, atacadas pelo coronavírus e assim ressaltando a sua provável falta de resistência genética à doença. Morreu mais pela negligência e imprudência com que se comportou e foi cercado, participando de eventos e contatando pessoas sem equipamentos adequados de proteção, desenvolvendo uma agenda de compromissos como se tudo corresse normalmente. O que aconteceu foi o previsto.
MAJOR VITOR HUGO É SUSPEITO DE PRESSIONAR PREFEITOS PARA RECUSAR DECRETO ESTADUAL
O deputado federal Major Vitor Hugo, além do presidente da FIEG Sandro Mabel, é suspeito de também influenciar o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha na fatídica decisão de flexibilizar o funcionamento das atividades econômicas não essenciais no município. Mendanha não fechou a sua cidade, que é hoje a única de grande porte em Goiás a não seguir o sistema 14×14, inclusive contrariando o prefeito de Goiânia Rogério Cruz, que não hesitou para suspender o andamento normal da economia da capital – hoje, tal como Aparecida, classificada como em situação de calamidade, sem vagas de UTI ou de enfermaria para receber pacientes graves ou não da Covid-19. Major Vitor Hugo, ao que tudo indica, passou a trabalhar contra o decreto de Caiado. Ele pressionou o prefeito de Anápolis Roberto Naves para não seguir o modelo 14×14, que prescreve portas fechadas para o comércio, indústria e serviços por 13 dias, seguindo-se outros 14 dias de reabertura e assim consecutivamente até o arrefecimento da pandemia. Em um diálogo ríspido, pelo que se sabe, Naves recusou-se a atender o parlamentar e ainda avisou que poderia tornar pública as ameaças que foram feitas, no sentido de que verbas federais para o município seriam cortadas. Major Vitor Hugo recuou, mas continua investindo em Gustavo Mendanha, hoje transformado em líder da linha de negação da Covid-19 em Goiás.
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