Logomarca
Nublado
º
min º max º
CapaJornal
Versão Impressa Leia Agora
Domingo. 30/06/2024
Facebook Twitter Instagram
COLUNISTAS

BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Coluna Momento Político - 24 De Maio De 2021

24/05/2021 às 17h47


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

facebook twitter whatsapp

NOVELA IRIS É CANDIDATO, IRIS NÃO É CANDIDATO, ESTÁS SÓ COMEÇANDO E DEVE DURAR MAIS DE ANO

Não existe candidatura precedente de Iris Rezende a qualquer cargo, nas três últimas décadas, que não tenha sido caracterizada por um suspense levado até a última hora sobre se iria ou não disputar a eleição. Esse comportamento do velho cacique emedebista está tão incorporado à sua biografia ao seu jeito de fazer política que já se tornou elemento de raciocínio para a montagem do cenário para todo o qualquer pleito, desde o de 1998 e passando por todas as suas quatro candidaturas recentes à prefeitura de Goiânia. Agora, novamente, com vistas à vaga do Senado que está disponível do ano que vem, Iris já colocou em campo a tradicional incerteza que só será resolvida à última hora, a prevalecer o estilo adotado até hoje. Só que, dessa vez, há muito mais em jogo, como, por exemplo, a reeleição do governador Ronaldo Caiado – que a eventual indecisão de Iris pode prejudicar, ao afastar composições que fortaleceriam a chapa e precisariam ser definidas mais cedo. Caiado tem partidos importantes para atrair, a começar pelo próprio MDB e em seguida o PSD, o Republicanos e mesmo o PP. Em tese, qualquer um deles (o PP com menor força) tem cacife para uma composição com o DEM em 2022, mas todos dependerão do rumo que Iris vai tomar. Quando mais durar essa incerteza, mais cada um deles vai procurar se garantir buscando alternativas em que possam sustentar ambições eleitorais das suas principais lideranças. Conclusão: o ex-prefeito de Goiânia vai ter que resolver sua vida mais cedo e antecipar se vai ou não enfrentar as urnas de 2022, uma posição terá que ser adotada logo.

 

GESTÃO DE ROGÉRIO CRUZ, PELOS 5 PRIMEIROS MESES, ESTÁ FADADA À MEDIOCRIDADE

Ainda sem conseguir definir um eixo para o tipo de gestão que propõe para Goiânia, o prefeito Rogério Cruz instituiu um “varejão” que pulveriza a sua administração em pequenas realizações sem impacto real no cotidiano dos moradores da capital. Não há um sentido global para um mandato que carece de legitimidade, por ser fruto de um estelionato eleitoral, ao contrário de antecessores como o poderoso Iris Rezende e até mesmo o bem intencionado, mas fracassado Paulo Garcia. Nesse rumo, Cruz vai colher baixíssimos resultados em termos de aprovação quando chegar a hora das pesquisas que vão avaliar a sua atuação. É um qualquer no comando do Paço Municipal, não um condutor das multidões da cidade mais populosa do Estado e também a de maior PIB municipal.

AESTRATÉGIA DE MARCONI É ESTIMULAR VANDERLAN, DANIEL E MENDANHA

O ex-governador Marconi Perillo mexe-se para todo lado, à procura de caminhos para fortalecer a sua candidatura a deputado federal em 2022, por um lado, e para tentar desgastar o governador Ronaldo Caiado – a quem ele atribui injustamente todos os males de que é vítima. Nas últimas semanas, Marconi vem pegando no pé do senador Vanderlan Cardoso, insistindo para que aceite enfrentar a reeleição de Caiado, assim como tem feito com Daniel Vilela (apesar das declarações reiteradas semanalmente do presidente estadual do MDB de que não há nem haverá diálogo com o PSDB em questões eleitorais estaduais) e ainda arrastando para esse esforço de articulação o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, hoje muito próximo do ex-governador e dos seus aliados eventuais (a exemplo do presidente da FIEG Sandro Mabel, outro conselheiro de Mendanha). De concreto, até agora, não saiu nada.

O QUE FEZ HENRIQUE MEIRELLES POR GOIÁS ATÉ HOJE? NADA. E AGORA QUER SER SENADOR?

É missão impossível o projeto eleitoral do PSD ao se propor a bancar a candidatura do ex-ministro e atual secretário de Fazenda de São Paulo Henrique Meirelles ao Senado, por Goiás, em 2022. Como é que poderia ser eleito alguém que nunca morou nem muito menos fez qualquer coisa pelo Estado e ainda por cima, tendo “comprado” uma eleição para deputado federal, em 2002, não assumiu o mandato nem por um único dia, renunciando para assumir a presidência do Banco Central no primeiro governo Lula. Agravante: nem mesmo agora, que manifesta o desejo de disputar a senatória, Meirelles se dispõe a uma visitinha a Goiás. É uma candidatura suicida ao se basear no que ele vai pessoalmente ganhar como representante do Estado na mais alta Câmara Legislativa do país e não no que poderia fazer por Goiás. Não tem sentido. Se o PSD insistir em submeter as goianas e os goianos a um cambalacho como esse, vai perder totalmente a identidade e se mostrar como um partido de elite que não tem nenhuma sintonia com a realidade estadual.

ZÉ ELITON RECUSA A PECHA DE “COVEIRO DO PSDB” E ACHA QUE FOI VÍTIMA DO PARTIDO

O ex-vice e ex-governador Zé Eliton, atual presidente estadual do PSDB, nega até hoje qualquer responsabilidade na monumental derrota que aniquilou o partido nas eleições de 2018. Recusa a pecha de “coveiro” da legenda e, ao contrário, entende que foi vítima dos erros e equívocos cometidos ao longo dos 18 anos de poder dos tucanos em Goiás (incluído aí os quatro anos de Alcides Rodrigues, em que o PSDB não estava no governo, mas tinha influência capital na política estadual). Talvez, acredita, tenha sido inocente ao pensar que poderia superar a pesada herança negativa das gestões de Marconi Perillo que caiu no seu colo ao aceitar o desafio da candidatura a governador. Pagou caro, saiu atordoado com o mau resultado que conseguiu (3º lugar, atrás de Daniel Vilela) e até hoje é obrigado suportar ironias e o menosprezo dos próprios companheiros de partido, inclusive através da desatenção com que está sendo tratado como dirigente maior da sigla em Goiás.

ESTELIONATO ELEITORAL ESTÁ COMPROVADO NAS 40 VEZES EM QUE DANIEL ANUNCIOU A CURA DE MAGUITO

Um levantamento no Google e nas redes sociais comprovou que Daniel Vilela, por pelo menos 40 vezes, anunciou melhoras no estado de saúde do seu pai Maguito Vilela e antecipou a sua iminente alta hospitalar, desde quando o prefeito eleito foi acometido pela Covid-19 até a sua morte. Sempre sem o menor fundamento, com o paciente piorando cada vez mais, porém com evidentes intenções de criar expectativas positivas e atrair o voto de compaixão do eleitorado. Essa pesquisa foi incluída nas ações que pedem a anulação das eleições em Goiânia e a cassação do prefeito Rogério Cruz, diante da ostensiva fraude eleitoral praticada pelo MDB e pela campanha de Maguito. Em sua estratégia de manipulação do noticiário, Daniel Vilela garantiu inúmeras vezes que Maguito estava evoluindo bem e que estaria em condições de assumir no dia 1º de janeiro, caso eleito. Na sequência, o candidato emedebista apresentava um quadro sempre mais crítico, sem consciência da realidade e submetido a equipamentos extracorpóreos que estenderam a sua vida e permitiram criar a falsa suposição de que ele poderia ser votado porque estaria em condições de atuar como prefeito da capital.

EM RESUMO

  • As críticas do PSDB e do ex-governador Marconi Perillo à mudança de nome do Vapt Vupt para Expresso foram totalmente equivocadas. O Vapt Vupt continua inalterado. Já o Expresso é a nova plataforma virtual do governo.

 

  • Faz tanto tempo que Henrique Meirelles não vem a Goiás que ninguém sabe precisar com exatidão. Mas é uma conta que deve ser sem economia de meses. Há quem diga que há seis anos que ele não aparece no Estado.

 

  • Até que dá para entender o PP buscar a filiação do presidente da FIEG Sandro Mabel. O partido não dá a mínima para questões éticas e tem a maioria dos seus dirigentes enrolados com a Justiça. Mas o PSD, aí fica difícil compreender.

 

  • O prefeito de Catalão Adib Elias tirou dos seus planos a hipótese de ser vice na chapa da reeleição do governador Ronaldo Caiado. Mas não abre mão de influir, especialmente no sentido de vetar a eventual indicação de Daniel Vilela.

 

  • O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha resolveu viajar para outros municípios para articular as eleições de 2022. Já foi a Trindade, Anápolis, Luziânia, Morrinhos e Rio Verde e até atrás do governador de Brasília Ibaneis Rocha.

 

  • Gustavo Mendanha surtou com a política estadual a tal ponto que resolveu colocar sua pré-candidatura a senador em 2022. Fora de Aparecida, ele é desconhecido e não tem densidade eleitoral nem perfil majoritário.

 

  • O núcleo duro do prefeito Rogério Cruz comemora o que supõe ser o fim do ciclo negativo de manchetes envolvendo o Paço Municipal desde que o MDB se afastou do secretariado. Acredita-se que a agenda agora é positiva.

 

  • O PSDB e o ex-governador Marconi Perillo estão 100% concentrados em arquivar a PEC da Assembleia Legislativa que extingue o TCM – órgão totalmente aparelhado pelos tucanos, que ocupam a maioria dos seus cargos comissionados.

 

  • Prof. Alcides mandou um relatório para a direção nacional do PP sobre o que entende ser a péssima situação do partido em Goiás. Não recebeu resposta. São favas contadas a sua transferência para o MDB, na janela partidária de 2022.