EXCESSO DE CONFIANÇA LEVA GUSTAVO MENDANHA A ERRAR E, PIOR, A SE ENVOLVER COM NEGACIONISTAS
O excesso de confiança, ao acreditar quer é infalível e que foi transformado em liderança estadual pela vitória esmagadora que teve nas urnas do ano passado, acabou induzindo o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha a cometer equívocos que vão acabar se refletindo na reprovação da sua gestão e em prejuízos para a sua imagem pessoal. É o que está acontecendo com as suas desastrosas decisões na retomada das medidas restritivas para a contenção da 2ª onda da pandemia em Goiás, que, em Aparecida, foram abandonadas em troca de um questionável sistema de escalonamento intermitente do funcionamento do comércio, indústria e serviços, por regiões, que no final contas mantém regiões movimentadas da cidade dentro da sua rotina diária – com as consequentes e nocivas aglomerações. Além disso, Mendanha foi desleal com seu colega de Goiânia Rogério Cruz, ao colocar Aparecida sob um modelo diferente do adotado na capital, o que impacta o sistema de saúde goianiense, já que o da cidade vizinha está completamente colapsado (como atestam as mortes de pacientes graves que aguardavam internação em UTI e não conseguiram). Para piorar tudo isso, do ponto de vista político, o prefeito aparecidense ainda se aproximou de extremistas bolsonaristas, como Gustavo Gayer, que são negacionistas, e com os quais teve a coragem de protagonizar uma live no Instagram.
IRIS: OBRAS MAIS INACABADAS DO QUE SE PENSAVA E NENHUM DINHEIRO NO CAIXA
Passando pelo Paço Municipal, leitoras e leitores, tenham o cuidado de não pronunciar o nome do ex-prefeito Iris Rezende e menos ainda se for para tecer elogios. O que se diz lá, de Iris, é impublicável. Dois pontos se ressaltam: 1) ele é acusado de ter deixado mais inacabadas do que se pensa o mundaréu de obras inconclusas que largou para trás, o que deve comprometer, diz-se, os quatro anos da gestão de Rogério Cruz e 2) os cofres do município foram encontrados raspados pela atual gestão. Em resumo, Iris deixou muito por fazer e pouco com o que pagar. A turma do alto do Park Lozandes não engole nada disso.
É UMA MENTIRA DIZER QUE O ESCALONAMENTO INTERMITENTE DÁ NO MESMO QUE O 4X4
O modelo de escalonamento intermitente do comércio, indústria e serviços por regiões, adotado pelo prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha em divergência com as maiores cidades do Estado, inclusive a vizinha e conurbada Goiânia, não é absolutamente a mesma coisa que o fechamento das atividades econômicas essenciais por 14 dias e depois reabertura por outros 14 dias e assim sucessivamente. O ponto crucial está em que, diariamente, a metade do município está com as portas abertas – e olha que são 600 mil habitantes e centenas e centenas de empresas e estabelecimentos negociais. Isso mantém acesa a propagação acelerada do coronavírus, ao contrário do que ocorreria se toda a cidade ficasse paralisada por 14 dias e também prejudica Goiânia, onde o prefeito Rogério Cruz decidiu de forma diferente que o seu colega aparecidense. É uma grande mentira a afirmação de que, no final, o resultado é o mesmo, somando Aparecida, em um mês, 14 dias de lockdown parcial, o mesmo do 14x14. Até uma criança sabe que há diferenças. O presidente estadual do MDB Daniel Vilela caiu nessa conversa fiada e, ainda que meio sem graça, tentou defender seu amigo Mendanha.
VAIVÉM NO PAÇO MUNICIPAL: ROGÉRIO CRUZ E O MDB TÊM O MESMO SANGUE DE BARATA
As demissões no secretariado do prefeito Rogério Cruz , depois dos recuos com Agenor Mariano (Planejamento Urbano) e agora com Marcelo Costa Ferreira (Educação), além da demora em fazer substituições tornadas ostensivamente públicas, caminham para dar em um resultado inédito: desmoralizam tanto o prefeito, que já deixou claro que não tem pulso para enfrentar a intimidação dos seus aliados, quanto o MDB, que acabou humilhantemente se agarrando a cargos e fatias de poder em um lugar onde não é mais benquisto, ou seja, o Paço Municipal. Vergonha para as duas partes em contenda, ambas compartilhando do mesmo sangue de barata.
COMITÊ DE MENDANHA É FORMADO MAJORITARIAMENTE POR EMPRESÁRIOS
A desculpa do prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha para manter metade da cidade com as portas abertas, diariamente, a pretexto do escalonamento intermitente por regiões, é que a medida de flexibilização foi aprovada por um tal COE, o comitê de prevenção e enfrentamento ao coronavírus criado pela prefeitura. Ocorre que esse comitê tem maioria de empresários na sua composição, em condições de superioridade de votos para decidir qualquer questão. Tanto que, enquanto as entidades classistas manifestam-se preocupados com o lockdown parcial em todo o Estado, nenhuma delas abre o bico em Aparecida. E os porta-vozes de Mendanha, quando querem justificar as decisões do COE, sempre citam com destaque o fato de que o Comitê conta com um representante do Ministério Público e um da Defensoria – que ainda não perceberam, ao que tudo indica, que estão sendo usados para justificar os absurdos perpetrados em Aparecida em prejuízo de toda a região metropolitana.
CAIADO TEM BALA NA AGULHA E VAI LANÇAR UMA GRANDE NOVIDADE NA ÁREA SOCIAL
Atenção: o governador Ronaldo Caiado tem recursos em caixa para fazer obras, pagar o funcionalismo em dia e lançar novos programas sociais, ainda que tenha que dar a maior atenção possível ao combate ao novo coronavírus. Foi poder de fogo que Caiado mostrou com o pacotão de medidas para dar um alívio para o bolso da população, baixado na semana passada. E está longe de acabar. O governo do Estado conclui estudos para implantar uma novidade na área de transferência de Renda, talvez com o título de Goiás Social, ainda neste ano, com alcance muito maior que o inviabilizado e falido Renda Cidadã – que pagava uma mixaria aos beneficiários e no final nem era procurado mais pelos portadores do cartão de saque.
SÓ GOVERNOS NACIONAIS PODEM COMPRAR VACINAS, AO CONTRÁRIO DO QUE ACHA SANDRO MABEL
Está claro: a compra de vacinas por Estados e municípios é uma impossibilidade no momento. Os laboratórios produtores preferem vender para os governos nacionais, que têm caixa para aquisições milionárias, ao contrário de sair repartindo os estoques entre sub-entes federativos e mesmo para a iniciativa privada. Qualquer coisa fora disso é exploração demagógica e vazia, a exemplo do que fez o tenebroso presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás – FIEG Sandro Mabel, que exige que o governador Ronaldo Caiado adquira vacinas, quando não há farmacêuticas para fornecê-las.
EM RESUMO