ENQUANTO CAIADO NÃO SE POSICIONAR, NÃO SERÁ POSSÍVEL UMA VISÃO CLARA SOBRE AS ELEIÇÕES/2022
Toda a movimentação política em Goiás em torno das eleições de 2022 não tem, por ora, qualquer sentido, já que o governador Ronaldo Caiado, indiscutivelmente o principal protagonista desse processo, segue em frente sem se manifestar e sem dizer nada a respeito, a não ser que o momento apropriado para as articulações eleitorais virá no começo do ano que vem. Sem conhecer as definições de Caiado, os demais atores podem até se mexer, procurando previamente assegurar alguma vantagem, imaginam, só que sem maiores consequências práticas enquanto o governador não colocar as cartas na mesa ou pelo menos sugerir algum rumo nesse sentido. Deve ser levado em conta é que Caiado é um operador experiente, que tem a seu favor um amplo leque de possibilidades dado ao seu histórico e à sua posição de poder, mas que, por ora, não se inclinou a favor de nenhuma, nem mesmo em relação a uma aliança com o MDB, que ninguém discorda quanto a ser a mais positiva para o seu projeto de reeleição. Portanto, é muito cedo para uma visão minimamente clara sobre o que será o pleito vindouro, quais os players que a influenciarão e como se desenrolará, a não ser a única certeza, por enquanto: Caiado será candidato à reeleição e tem potencial para vencer muito acima das chances dos seus eventuais adversários, a respeito dos quais não se tem a menor ideia ainda.
CANDIDATURA DE JÂNIO DARROT É DEPRIMENTE, PELA FALTA DE CONTEÚDO
Duas entrevistas do ex-prefeito de Trindade e mega empresário Jânio Darrot, nos últimos dias, uma a O Popular e outra ao Jornal Opção, impressionam pela falta de conteúdo, ausência de ideias e menos ainda por sequer arranhar algum tipo de proposta para Goiás – ele tem a pretensão de se candidatar a governador em 2022, coisa que até pode vir a fazer, mas sem nenhuma chance porque jamais, em toda a história de Goiás, um político cuja cabeça é um balão vazio conseguiu esse feito. É alguém que, por se arvorar em pretendente a um cargo tão elevado como o de chefe de Executivo, sem possuir o mínimo de escopo para isso, deveria pedir desculpas e sair de fininho, recolhendo-se ao usufruto dos seus milhões. Não há nada que se aproveita no que Darrot diz e essas duas entrevistas são uma prova cabal de que a sua candidatura não para de pé por absoluta ausência de qualidades pessoais para se fundamental e por nada ter a oferecer às goianas e aos goianos.
USAR LÁZARO BARBOSA PARA DECRETAR FRACASSO DA POLÍTICA DE SEGURANÇA EM GOIÁS É ABSURDO
A segurança pública é a área em que o governo Ronaldo Caiado tem registrado suas maiores vitórias, provando que a redução expressiva da criminalidade não é uma impossibilidade em Goiás – como era considerada antes. Todos os índices entraram em queda a partir do início do mandato de Caiado, derrotando a tese de que o desarranjo estrutural da sociedade brasileira estaria acima de qualquer estratégia de redução da violência e dos ataques ao patrimônio. A que razões esse fato pode ser atribuído? Por que os governos passados não conseguiram ser bem sucedidos na área de segurança pública e as ocorrências sempre subiram em Goiás? A única resposta é a ascensão de Caiado ao governo, mantendo as suas características de político austero e intransigente, além de inflexível contra a corrupção. Essa dimensão simbólica também ajudou na percepção existente hoje de uma maior e melhor segurança pública em Goiás, complementada por um fortalecimento inédito das forças policiais e pelo comando de um secretário experiente para a área, caso de Rodney Miranda, que já exerceu a função com sucesso em outros Estados. O drible aplicado pelo assassino Lázaro Barbosa, escapando por um longo tempo dos braços da repressão ao crime, é um caso isolado que ainda depende do desfecho e não pode ser usado, como o fez a jornalista Cileide Alves, ao afirmar que a política de segurança fracassou em Goiás. Isso é inaceitável porque, em resumo, uma ocorrência só não pode desmentir o conjunto dos avanços obtidos no Estado contra o crime, talvez os melhores do país, comprovados por estatísticas
MENDANHA DESGOVERNA UM MUNICÍPIO ONDE OS DESAFIOS SEM RESPOSTA SÃO DRAMÁTICOS
Dos inúmeros desafios sem solução em Aparecida, segundo município mais populoso do Estado, nenhum é mais graves do que, 1º) as mais de 10 mil crianças, talvez até 20 mil, sem acesso à Educação Infantil, que é responsabilidade da prefeitura através dos CMEIs, e 2º) a fome que voltou a assolar milhares de famílias no município, onde o Cadastro Único do governo federal registra mais de 40 mil pessoas vivendo em condições de penúria e insegurança alimentar. Apesar de apresentada como moderna, com a economia alavancada por polos industriais repletos de grandes empresas, Aparecida é atrasada quando se trata das condições sociais enfrentadas pela faixa mais vulnerável da sua população. A demagogia e o marketing enganoso dos seus atuais administradores esconde situações dramáticas para as aparecidenses e os aparecidenses, com a perpetuação da politicagem – só suspensa brevemente nos dois mandatos de Maguito Vilela, diante da sua autoridade superior, que se sobrepôs à mesquinharia da classe política local – e o desperdício de recursos da prefeitura, inclusive a distribuição farta de cargos com salários elevados fazer para comprar a “unanimidade” em torno do prefeito Gustavo Mendanha – o mesmo que, no segundo mandato, mostra tédio pelas atividades de gestão e passa a maior parte do tempo fora da cidade, em lazer ou articulando no vazio para viabilizar a sua sonhada estadualização do nome, que nada de bom ou positivo representa para Aparecida.
VETO DE ADIB AO ACORDO DO DEM COM O MDB ESTADUALIZA A MESQUINHA POLÍTICA CATALANA
A movimentação, aliás extemporânea, do prefeito de Catalão Adib Elias contra a aproximação entre o DEM do governador Ronaldo Caiado e o MDB do ex-deputado federal Daniel Vilela é mais um episódio que mostra a falta de dimensão daqueles que, na política, deveriam se pautar pela largueza de visão e pela preocupação com ideias antes dos seus interesses mesquinhos. O veto de Adib, em retaliação pela sua expulsão do MDB, não foi acompanhado de nenhuma proposta ou escopo, baseando-se apenas em ressentimentos pessoais e se arvorando até a atropelar lideranças como a de Iris Rezende, diante da qual o prefeito de Catalão é um anão politicamente falando. Dizem que, depois do severo ataque que sofreu da Covid-19 e quase o levou, Adib não é mais o mesmo, sendo certo que padece de sequelas que até já o levaram a novas internações hospitalares de risco. É um homem, portanto, que contemplou a eternidade e que, por isso mesmo, deveria ter amadurecido e refletido sobre o sentido da vida, entendendo que tem o dever o compromisso de oferecer uma contribuição maior para o seu Estado. Mas, não.
EM RESUMO