FUSÃO ENTRE O DEM E O PSL ESTÁ ACELERADA E COLOCA DEPUTADOS GOIANOS NA BERLINDA
A fusão entre o DEM e o PSL, que deve resultar na criação de um megapartido, com mais de 80 deputados federais – seria a maior bancada na Câmara, com força para decidir votações importantes e ter peso significativo em um eventual processo de impeachment de Jair Bolsonaro – vai colocar alguns deputados goianos em uma verdadeira saia justa. Para começar, o que farão parlamentares estaduais como Major Araújo e Delegado Humberto Teófilo, que se opõem ao governador Ronaldo Caiado, provável presidente da nova legenda no Estado? Outro, com o significativo nome de Paulo Trabalho, amenizou nos últimos tempos os ataques a Caiado, mas ainda não se alinhou de forma definitiva com a bancada governista, mesmo porque, a rigor, não há muito interesse. Há ainda o deputado federal Major Vitor Hugo, bolsonarista roxo, que também se afastou do atual governador e, nesse contexto, não tem condições de permanecer na sigla que vai emergir da fusão – colocando assim a sua reeleição risco, já que só está na Câmara porque pegou carona nos votos do deputado federal Delegado Waldir – esse bem posicionado com a novidade partidária que vem aí, depois de se reconciliar com Caiado e portanto inteiramente à vontade na hipótese de DEM e PSL se transformarem em uma só agremiação.
PREFEITO DE APARECIDA E SEGUIDORES CAEM NO RIDÍCULO COM O PLANO MB
O grupo do prefeito Gustavo Mendanha no MDB – ou seja, o deputado Paulo Cezar Martins e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães em Goiás Ênio SalviaNo, ninguém mais – desandou de vez: anunciou que vai preparar um planejamento para Goiás que, na prática, seria a atualização do Plano Mauro Borges, o famoso e mítico Plano MB, do início dos anos 60. Essa turma perdeu o juízo, mas deve ser perdoada porque não sabe o que fala. Primeiro, não existe mais planejamento unificado, menos ainda em nível estadual, que depende de variáveis do contexto nacional. Segundo, o Plano MB atendeu a uma conjuntura de época e provavelmente não tem uma única linha que possa servir para os dias de hoje, mais de 60 anos depois. O que Mendanha e seus apoiadores, esses poucos, estão fazendo é procurar um atalho para a desmoralização.
TUCANOS INSISTEM EM DAR DEMONSTRAÇÕES PÚBLICAS DE FRAGILIDADE
O encontro regional do PSDB em Posse, terra do ex-governador Zé Eliton, acabou em mais um fiasco e leva a pensar: por que os tucanos, cientes da decadência do partido, insistem em dar demonstrações públicas de fragilidade e falta de apoio, como já havia ocorrido em Valparaíso? Além de Marconi Perillo e do seu antigo vice, só apareceram os deputados estaduais Leda Borges, Helio de Sousa e Gustavo Sebba, todos enfrentando problemas para se reeleger para a Assembleia (Helio de Sousa fala em se candidatar a deputado federal, uma aventura e tanto). Nenhum prefeito foi. Cadeiras vazias aos montes. E discursos sem o pé na realidade, inclusive a proposta de uma “frente de oposição para reconstruir Goiás”. Como assim? Onde é que esse pessoal está com a cabeça?
MENDANHA TROCOU DANIEL VILELA POR PAULO CÉZAR MARTINS E VAI PAGAR CARO
De algum tempo para cá, não há mais fotos em circulação mostrando juntos o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha e o presidente estadual do MDB Daniel Vilela. Antes “irmãos”, com Mendanha professando sempre que possível a sua lealdade e fidelidade, afastaram-se radicalmente desde que o prefeito refugou a proposta de aliança com o DEM, balançando o espantalho da candidatura emedebista própria a governador, em 2022. Em contrapartida, aumentaram os registros de Mendanha ao lado do deputado estadual Paulo Cezar Martins, um trêfego que não perde eleição, mas não tem qualquer colaboração para a sociedade nos seus mandatos como vereador e deputado, a não ser o leva-e-traz de pacientes entre as suas bases no extremo sul do Estado e as clínicas e hospitais da capital e agora de Aparecida. E que, em relação a Daniel Vilela, experimenta léguas de distância.
DEPUTADO É DO BAIXO CLERO E MUITO ABAIXO DO PRESIDENTE DO MDB
Paulo Cézar Martins é um político complicado. Não se preocupa com conteúdo nem muito menos com qualquer tipo de coerência. Fez campanha contra o candidato do MDB em Quirinópolis, no ano passado, o mesmo MDB dentro do qual jura entregar até sua última gota de sangue em defesa do lançamento de um representante na eleição de 2022. Não tem convicções sobre nada, a não ser seus interesses, entre os quais fica mais rico e se reeleger são as prioridades, e, como ficou conhecido na Assembleia, o de buscar alguma vantagem em tudo, em especial nas votações de matérias de maior importância. Gustavo Mendanha trocou Daniel Vilela por isso. Pisoteou uma amizade de raízes profundas e limpidamente familiares, construída com carinho e confluência de intenções.
MAGUITO TRANSFORMOU APARECIDA? SIM, MAS QUEREM PASSAR UMA BORRACHA
O pai de Daniel Vilela, Maguito, promoveu uma revolução em Aparecida, nos seus dois mandatos como prefeito, ao rasgar as amplas avenidas e implantar os polos industriais que revolucionaram a economia do município – só para citar o que fez de melhor. Empenhou seu prestígio na eleição de um sucessor que, sem o seu aval, jamais passaria de ser o que já era, ou seja, um apagado vereador de interior. Mendanha venceu duas eleições pendurado no prestígio de quem chamava de “padrinho”, aquele que, mal esfriou no caixão, foi imediatamente esquecido e substituído tipos como Paulo Cézar Martins – um dos que sopram no ouvido do prefeito, assim como seu vasto corpo de auxiliares, que a oportunidade de sair da sombra de Daniel Vilela está posta e não pode ser desperdiçada. Esqueçam, leitoras e leitores, essa prosopopeia de candidatura única. É desculpa esfarrapada, algo que já está desmoralizando seus escassos defensores, a exemplo do “evento” da noite de sexta-feira passada, no Ateneu Dom Bosco, onde, além de Mendanha e de Paulo Cézar, não havia mais ninguém conhecido compartilhando a tese. Um vexame que deixou Mendanha constrangido, como se pode ver nas fotos batidas na ocasião e que ele, Mendanha, não teve coragem de mencionar nas suas redes sociais, onde não tocou na reunião. Trocar Daniel Vilela por Paulo Cézar Martins e pela arraia-miúda que o aplaude para ganhar benefícios, geralmente cargos na prefeitura de Aparecida, é uma inconsequência que vai custar caro para Mendanha.
EM RESUMO