BASE DE CAIADO CHEGARÁ UNIDA A 2022, ENQUANTO A OPOSIÇÃO SE FRAGMENTARÁ
O cenário das eleições de 2022 em Goiás caminha para se definir em torno da unidade da base do governador Ronaldo Caiado, com uma ampla frente partidária, enquanto a oposição – o pouco que restou dela – deve se apresentar dividida em pelo menos três candidaturas e, o que é pior, divergentes ideologicamente entre si. Assim, Caiado será o candidato da maioria esmagadora das forças políticas do Estado, incluindo-se aí os partidos do centro liberal, da centro direita e até da centro esquerda, caso do PSB do deputado federal Elias Vaz, que poderá integrar a coligação liderada pelo DEM (em fase de conversão em União Brasil, depois de se fundir com o PSL) bastando apenas que esse agrupamento não se alinhe com a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, o que parece definido desde já. Um amplo exército de prefeitos, deputados estaduais e federais e lideranças de expressão, além de pelo menos dois senadores estará com Caiado. Do outro lado, virão o PT, provavelmente com o ex-reitor da PUC Wolmir Amado; o Patriota, com o ex-prefeito de Trindade e megaempresário Jânio Darrot; e um partido que ainda não se sabe qual será apresentando o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha. E isso será o mínimo, isto é, uma pulverização que não será de fácil compreensão e absorção para o eleitorado.
DANIEL VILELA INICIA OPERAÇÕES DE PRÉ-CAMPANHA EM APARECIDA
O ex-deputado federal e presidente estadual do MDB Daniel Vilela, já definido como candidato a vice na chapa do governador Ronaldo Caiado, está retomando com intensidade crescente os contatos políticos em Aparecida e já tem até uma agenda para marcar a sua presença entre o eleitorado local. Ele prepara uma grande reunião com um grupo que auxiliou Maguito Vilela na prefeitura, mas não foi afastado pelo seu sucessor Gustavo Mendanha. A ideia é preparar um roteiro para mostrar à população aparecidense que as obras e realizações que tiraram Aparecida da condição de “cidade dormitório” foram introduzidas nas gestões de Maguito e apenas tiveram alguma continuação, na sequência, sem nenhuma ampliação ou novidade de importância ou relevância – tese que, a propósito, tem muito sentido, haja vistas à falta de marca ou identidade para os quase cinco anos do atual prefeito. Em entrevistas a veículos locais de comunicação, Daniel Vilela tem sido claro e objetivo: não vai se omitir em relação a Aparecida e promete que ninguém mais do que ele terá interlocução com as lideranças locais.
MENDANHA É POTENCIALMENTE O MAIOR OBSTÁCULO PARA ROGÉRIO CRUZ EM 2024
O prefeito de Goiânia Rogério Cruz foi alertado de que o seu colega de Aparecida, Gustavo Mendanha, tem a intenção de se candidatar na capital em 2024, caso não venha a disputar o governo do Estado ou então, enfrentando a parada, termine derrotado. Nesse cenário, Mendanha seria o principal obstáculo para a recondução de Cruz a mais um mandato, o que, hoje, é uma das prioridades do Republicanos nacional, já que Goiânia é a cidade de maior peso sob controle administrativo do partido. Atualmente sem partido, o prefeito aparecidense tem a legenda controlada pela Igreja Universal como uma das suas alternativas, mesmo porque é evangélico do pé rachado e gostaria de ter o deputado federal João Campos na sua hipotética chapa, como candidato ao Senado.
AJUSTE FISCAL JÁ ESTÁ FEITO E NÃO TEM PRECEDENTES NA HISTÓRIA DO ESTADO
As sucessivas vitórias no Supremo Tribunal Federal que marcaram a abertura das portas do Regime de Recuperação Fiscal – RRF e a consequente redenção financeira para Goiás, consolidando em definitivo o fim de décadas e décadas de desequilíbrio entre receita e despesa, é um passo que vai colocar o governador Ronaldo Caiado como o melhor que já administrou o Estado. Exagero? Não é, leitoras e leitores. Em quase dois anos e meio de gestão, Caiado conseguiu soluções que se aproximam de um milagre, implantando um ajuste fiscal eficiente e produtivo, na medida do que, inicialmente, foi e é possível dentro dos limites legais e financeiros que recebeu ao assumir o Palácio das Esmeraldas. Agora, na sequência, está indo muito, mas muito adiante. Seu trabalho pode ser comparado em pé de igualdade com o do governador de São Paulo Mário Covas, o primeiro no Brasil a organizar um Estado dentro dos moldes da responsabilidade fiscal – cujos resultados perduram ainda hoje, mais de 20 anos depois da profunda reforma que introduziu na máquina pública paulista. Mesmo adversários são obrigados a reconhecer que Goiás assumiu uma posição diferenciada dentre os pares da Federação: Caiado faz o que todos os governadores que o antecederam sonharam fazer, mas não passaram nem perto.
O POPULAR E A ECONOMIA COM O CANCELAMENTO DAS CONSULTORIAS SEM LICITAÇÃO
O jornal O Popular está distribuindo um e-mail publicitário afirmando diretamente que foi responsável por uma economia de mais de R$ 30 milhões para a prefeitura de Goiânia, ao publicar reportagens que chamaram a atenção do Ministério Público e que levaram ao cancelamento de uma consultoria milionária, sem licitação, que estava em fase de contratação pelo prefeito Rogério Cruz. Se o jornal quiser repetir a dose, basta passar um pente fino pelo portal de transparência da prefeitura de Aparecida, onde poderá constatar, por exemplo, que, desde a sua posse no 1º mandato, o prefeito Gustavo Mendanha realiza a cada semana pelo menos uma contratação de elevado valor sem qualquer tipo de concorrência pública, ou seja, com dispensa ou inexigibilidade de licitação – incluídas aí dezenas de consultorias. É assunto para muitas e muitas edições.
BALDY SÓ PENSA EM SER O CANDIDATO AO SENADO NA CHAPA DA BASE GOVERNISTA
Com o fortalecimento do PP dentro do governo federa, após a chegada do presidente nacional Ciro Nogueira ao comando da Casa Civil do presidente Jair Bolsonaro, os reflexos em Goiás estão se multiplicando. O ex-ministro e ex-secretário de Transportes de São Paulo Alexandre Baldy, que preside o diretório estadual do partido, está encafifado com a ideia de ser o candidato ao Senado na chapa da reeleição do governador Ronaldo Caiado e não dá um passo sem mirar esse objetivo. As suas dificuldades, no entanto, são enormes: Baldy, apesar de riquíssimo, enrolou-se em denúncias de propinas baratas, com repercussão nacional. Na chapa de Caiado, traria junto um comprometimento ético e moral, além de não ter perfil majoritário, densidade política e nenhuma bandeira ou linha de ação em termos de ideias para encarnar a disputa pelo Senado, a não ser o oportunismo fisiológico, característica básica da sua trajetória até hoje. Não acrescentaria nada, não ajudaria e provavelmente só atrapalharia.
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