CAIADO ACERTA, SEUS ADVERSÁRIOS ERRAM
O único elemento objetivo em uma eleição são as pesquisas. E, a julgar pelas últimas, Ronaldo Caiado está fazendo a campanha certa, enquanto seus adversários erram o tempo todo. Senão, como explicar a alta do candidato democrata e a estagnação de Zé Eliton e Daniel Vilela, este último até caindo alguma coisa, no Serpes e no Diagnóstico. O mais instigante é que, mesmo sem alcançar resultados, o tucano e o emedebista não ajustam as suas estratégias e seguem insistindo no que até agora não funcionou. Caiado é um bom candidato, um gigante com a ficha limpa, biografia sem manchas e projeção nacional e chegou onde está pelos seus méritos, mas, como se vê, também com a ajuda da inoperância do Zé e de Daniel.
ENTUSIASMO DE VITTI PELA SUPLÊNCIA É INFANTIL
Alguém precisa avisar ao presidente da Assembleia Zé Vitti que suplente de senador, ainda mais de Lúcia Vânia, que nunca cedeu a cadeira a nenhum dos seus, é o mesmo que nada. É menos, muito menos, que vice. Apenas agora, na campanha, é que ela, Lúcia, por oportunismo, abriu um espaço de um mês para a sua atual suplente, a médica Ione Guimarães, de Itumbiara – que assumiu para que a senadora titular estrategicamente pudesse reforçar na campanha a sua imagem feminista. Isso significa que Vitti vai ficar guardado na gaveta para todo o sempre, se ela ganhar, e só assumirá se sobrevier alguma ocorrência indesejável.
ZÉ ELITON E DANIEL PERDERAM A APOSTA
O horário eleitoral no rádio e na TV não provocou mudanças nas pesquisas, a não ser uma alta nos índices de Ronaldo Caiado, conforme mostraram os levantamentos do Serpes e do Diagnóstico. Além da audiência baixa e da excessiva fragmentação, os programas são curtos e enjoativos. Zé Eliton e Daniel Vilela depositavam suas esperanças no palanque eletrônico, mas perderam a aposta. Já são 10 dias de programas e nada aconteceu. E nem vai acontecer.
MARKETING SEM CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO
O marketing das três principais campanhas ao governo – Ronaldo Caiado, Zé Eliton e Daniel Vilela – não demonstrou criatividade e inovação nos 10 primeiros dias de programas no rádio e na televisão. Fórmulas convencionais, imagens plasticamente belas, porém exageradas (principalmente no caso dos tucanos) e textos declamados pelos candidatos sem frases marcantes – a não ser uma que Caiado vem repetindo como um mantra, “Esta não é uma eleição para mudar o governador, é uma eleição para mudar o Estado”. Sem nada de novo, como é que se esperaria que os programas conseguissem mudar as pesquisas?
TIRO CERTO DE AGENOR A MARCONI E LÚCIA
Como Jorge Kajuru não aproveita a oportunidade, o candidato emedebista ao Senado Agenor Mariano partiu para o ataque contra os concorrentes Marconi Perillo e Lúcia Vânia. Em uma peça bem feita para o rádio e a televisão, Agenor lembra que o Brasil não vai mudar “se você não mudar quem você manda para Brasília”. Ele lembra que a senadora está há 16 longos anos no mandato senatorial e que o ex-governador está louco para conseguir um foro privilegiado. Trata-se de um viés que tem todo sentido e pode funcionar, principalmente porque absorve a massa de votos negativos correspondente à estrondosa rejeição de Marconi.
GOVERNO ATRASA TUDO O QUE PODE
O esforço para juntar dinheiro e manter a qualquer preço a folha em dia, pelo menos até a eleição, está levando o governo do Estado a atrasar todos os pagamentos possíveis. O repasse aos bancos das parcelas de empréstimos consignados, por exemplo, não é feito há dois meses. O Ipasgo implantou cotas para o atendimento de médicos, hospitais e laboratórios. A Bolsa Universitária também não é quitada, em alguns casos há oito meses. Os repasses da Fapeg para Ciência & Tecnologia foram suspensos. O fato é que a Sefaz, hoje, está no centro de um furacão de credores atrás do seu precioso dinheiro.
ONDA AZUL É UM FIASCO SEM TAMANHO
O marketing superado da campanha do PSDB continua falando em uma inexistente onda azul que estaria atravessando todo o Estado, a partir das carreatas lideradas pelos candidatos tucanos e suas esposas. Mais de 300 foram feitas até agora, sem que os índices de Zé Eliton evoluíssem um décimo de ponto e com os de Marconi Perillo regredindo, em alguns casos atrás de Jorge Kajuru. Dá pena ver Zé Eliton, Raquel Teixeira, o ex-governador e outras cabeças da base governista se esforçando para vender otimismo e a tal onda azul. Que nem marolinha é.
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