O MUITO QUE SIGNIFICA BRAGA NA SEFAZ DE CAIADO
O ex-secretário da Fazenda Jorcelino Braga, segundo informação quentíssima do colunista Divino Olávio, foi convidado pelo governador Ronaldo Caiado para retornar ao posto. O que significa isso? Primeiro, que Caiado deseja blindar o seu governo de manobras financeiras que depois possam sujar o seu nome, a exemplo do que ocorreu nos governos de Marconi Perillo e Zé Eliton. Braga tem seus defeitos – como a intolerância em questões pessoais e a ingenuidade na política –, mas é um administrador de responsabilidade fiscal impecável. Segundo, aponta para a direção de uma gestão conservadora e sem grandes mudanças (ou sobressaltos), condizente com o perfil do novo governador. O mandato Alcides Rodrigues, com Braga na Sefaz, foi exemplar do ponto de vista fiscal e administrativo, mas não deixou legado. Não houve nenhuma obra ou projeto de importância que tenha ficado para os goianos.
CUIDAR DE CHIQUINHO E ELIANE COMPLICA A VIDA DE ÁLVARO
Ao vazar a notícia de que os deputados estaduais em fim de mandato Francisco de Oliveira e Eliane Pinheiro, ligadíssimos ao ex-governador Marconi Perillo, poderiam ser aproveitados em diretorias da Assembleia, a candidatura de Álvaro Guimarães a presidente do Legislativo acabou sofrendo um forte abalo. Pior ainda com o detalhe de que Francisco Oliveira seria o próximo diretor-geral, cargo que manipula milhares de cargos e só perde em importância para o de presidente. Tudo isso mostraria que Álvaro Guimarães estaria se desalinhando da orientação de Ronaldo Caiado, ao manter a administração da Assembleia dentro dos desgastantes cânones que vigoraram no Tempo Novo, com a prevalência do fisiologismo sobre as altas finalidades do trabalho parlamentar.
LÚCIA VÂNIA BALANÇA COM CONVITE PARA A EDUCAÇÃO
Mudaram os planos do governador eleito Ronaldo Caiado para o ingresso da senadora findante na sua gestão: agora, ela pode escolher entre a Secretaria da Educação ou uma pasta, como a Secretaria do Entorno, a ser criada, onde poderá exercitar seu profundo conhecimento e trânsito nos canais decisórios de Brasília. Mas há informações no sentido de que, se aceitar o convite, Lúcia Vânia preferirá a pasta da Educação, que permitirá a ela residir em Goiânia e não se cansar exageradamente deslocando-se em viagens o tempo todo para o Distrito Federal e outras praças. É um espaço onde também ela acredita que poderá desenvolver o que tem de melhor: a capacidade para o diálogo. Há outro nome de peso sondado por Caiado para a Educação, o da professora Kátia Stocco, hoje exercendo cargo na estrutura do MEC em Brasília.
OPERAÇÃO CONFRARIA PIORA SITUAÇÃO DE MARCONI
Embora não tenha sido alvo direto da Operação Confraria, que prendeu o ex-presidente da Agetop Jayme Rincón, este pela segunda vez, e o presidente da Codego Júlio Vaz, o ex-governador Marconi Perillo não tem motivos para comemorar: ele foi citado expressamente nas denúncias do Ministério Público Federal como “chefe maior de uma organização criminosa que atua no governo do Estado”. Além de ficar sob expectativa de novos e desabonadores constrangimentos em curto prazo, Marconi pode ter rescindido o contrato de consultoria que assinou com a Companhia Siderúrgica Nacional, a maior do setor no Brasil, que tem ações na Bolsa de Valores e se submete a normas de governança rígidas – que seriam consideradas afetadas pela presença contagiosa do tucano de Goiás entre os seus prestadores de serviços.
A VERDADE SOBRE OS CARGOS COMISSIONADOS EM GOIÁS
O governador eleito Ronaldo Caiado, há poucos dias, falou na existência de 30 mil cargos comissionados em Goiás. Os governos de Marconi Perillo e Zé Eliton, por sua vez, sempre se fixaram em um número em torno de 10 mil, que supostamente teria sido reduzido à metade por medidas de contenção tomadas nos últimos anos. Qual a verdade? Difícil saber, por enquanto. Os 30 mil de Caiado sugerem um exagero. Mas menos de 10 mil parecem pouco, especialmente diante da farra de nomeações de protegidos e apaniguados que foi a marca do Tempo Novo. A verdade, que tarda às vezes, mas nunca falha, deve surgir até meados de janeiro, já com o Estado sob novo comando, quando a nova gestão colocar os números na mesa.
GUSTAVO MENDANHA SE AFASTA DE MAGUITO E DANIEL
Motivado pela esperança de viabilizar a sua gestão com obras e recursos do governo do Estado para chegar bem à tentativa de reeleição em 2020, o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha vem conversando com o grupo de Adib Elias e estudando o seu realinhamento com a ala caiadista do MDB. Se isso acabar em rompimento entre os Vilelas e o prefeito, os rumos da política em Aparecida passarão por uma intensa mudança de conteúdo. Mendanha, que já não está bem, com a sua gestão mal avaliada, pode ir para o buraco em definitivo.
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