O MAU EXEMPLO DE MENDANHA AO SE RECUSAR A RECEBER CAIADO NA VISITA AO SEU MUNICÍPIO
A ausência do prefeito Gustavo Mendanha no evento promovido pelo governador Ronaldo Caiado para entregar benefícios na área da Educação em Aparecida comprova o baixo nível da política local – onde a autoridade maior do município cede a picuinhas e fofocas para se apequenar deixando de cumprir o seu papel institucional em relação a uma necessária e indispensável parceria administrativa com o governo do Estado. O episódio, que mereceu até manchete de 1ª página de O Popular, mostra até onde vai o grau de ressentimento pessoal de Mendanha com os adversários: ele não superou até hoje o apoio que Caiado deu a uma candidata a prefeita de Aparecida (Márcia Caldas, do Avante) na eleição do ano passado, fato corriqueiro dentro de qualquer processo político e que, a propósito, não afetou a sua reeleição. Curioso é lembrar que Maguito Vilela, antecessor e “mestre” do atual prefeito, segundo gosta de repetir, primava pela civilidade e manteve uma convivência com o então governador Marconi Perillo, mesmo pertencendo um ao MDB e outro ao PSDB, partidos que viviam em violenta e radical oposição. Mau exemplo de Gustavo Mendanha, evidenciando espírito público miúdo, mentalidade tacanha e sobretudo muita arrogância, ao colocar os seus baixos sentimentos acima dos interesses da população aparecidense.
SEIS PREFEITOS JÁ ESTÃO NA DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA DA AGM
Seis prefeitos goianos estão na disputa pela presidência da Associação Goiana dos Municípios - AGM. Mas esse número, exagerado, ainda pode aumentar, já que a formalização das inscrições está marcada para o dia 19 de junho e ainda há prazo para o lançamento de novos nomes. A lista, por enquanto, é formada por Carlos Alberto, o Carlão da Fox, de Goianira; Cleiton Melo, de Itauçu; e Wilson Tavares, de Gameleira de Goiás, esses filiados ao Democratas, mesmo partido do governador Ronaldo Caiado, e ainda Siron Queiroz (Solidariedade), de Turvelândia; Zé Diniz (PP), de Abadiânia; e Débora Domingues (PL), de São João D’Aliança.
VAREJÃO DE ROGÉRIO CRUZ APEQUENA A SUA GESTÃO E REPETE A DE PAULO GARCIA
Até hoje carente de um escopo para justificar o seu mandato sem legitimidade popular, o prefeito de Goiânia Rogério Cruz resolveu investir numa espécie de varejão de pequenas obras e realizações que não se prestam a compor uma proposta global de gestão. São intervenções como a operação tapa buracos do asfalto ou a distribuição gratuita de mudas de árvores, com entrega a domicílio, que evidentemente têm a sua importância, porém dentro de um universo administrativo que corresponde a atirar para todos os lados sem atingir alvo algum. De certa forma, lembra a fracassada gestão do amargurado e tristonho Paulo Garcia, que chegou ao final com menos de 5% de aprovação – pessoalmente angustiado a ponto de sofrer um ataque cardíaco infelizmente fatal. Rogério Cruz segue pelo mesmo caminho, não quanto as suas consequências mais dramáticas, claro, porém em razão da definição pela rotina e pela falta de grandeza, apesar de comandar uma metrópole com mais de 1,5 milhão de habitantes. Depois de cinco meses sentado na cadeia número um do Paço Municipal, ainda está longe de justificar a que veio.
DIVERGÊNCIA ENTRE JOSÉ ELITON E MARCONI NÃO SE LIMITA À APROXIMAÇÃO COM O PT
O ex-governador Marconi Perillo é candidato a deputado federal em 2022. O resto é conversa fiada e barulho para passar uma impressão melhorada da situação dos tucanos em Goiás, que é de fragilidade extrema. Marconi, particularmente, aposta em convencer Gustavo Mendanha a tentar a candidatura a governador, seja pelo MDB seja por qualquer outro partido, inclusive o próprio PSDB – cujas portas foram abertas para o prefeito de Aparecida. Aliás, essa é outra questão em que o ex-vice e ex-governador José Eliton, que preside o partido estadualmente, diverge de Marconi, além da aproximação com o PT. José Eliton não aprova a ideia, sugerindo – ainda que discretamente – enxergar uma enorme falta de consistência inclusive intelectual em Mendanha, além da ausência de fibra para enfrentar um cenário adverso como seria o da sua candidatura ao governo, se viesse a prosperar. Isso tem fundamento: o prefeito aparecidense sempre foi um político governista restrito ao microuniverso da sua cidade e não tem bagagem oposicionista.
ELEIÇÕES 2022 SÃO ASSUNTO PARA... 2022, ENTÃO O MELHOR É FOCAR NA PANDEMIA POR ORA
Coberto de razão, o governador Ronaldo Caiado tem repetido que o momento para as tratativas políticas e partidárias com vistas às próximas eleições é o ano que vem. Não agora e não neste ano, que tem como prioridade o enfrentamento à pandemia da Covid-19 e exige de todos, não só das autoridades, foco e atenção nas questões sanitárias – com o país vivendo um esforço monumental para a vacinação do maior número possível de brasileiras e brasileiros. Parece haver concordância da parte de outros políticos, como, por exemplo, o presidente estadual do MDB Daniel Vilela, que também admite a inoportunidade de tratativas sucessórias agora. Neste instante, no Brasil, a política não tem pressa. O relógio da História vira vagarosamente doídos minutos e segundos que são preciosos para a guerra sanitária e não podem ser desperdiçados com aventuras vãs. Há o tempo certo para discutir as eleições e esse virá no ano que vem. Atropelar esse calendário pode até ser visto como desrespeito às vítimas e falta de zelo com o resto da sociedade que sobrevive acuada pela pandemia. É o caso de recorrer ao bordão: esqueçam a política, deixem o governador trabalhar e trabalhem também: 2022 deve ficar... para 2022.
CANDIDATURA DE MEIRELLES AO SENADO É BASEADA EM DINHEIRO E NADA MAIS
A inconsistência da pretensão do ex-ministro Henrique Meirelles em se candidatar ao Senado, por Goiás, em 2022, salta cada vez mais aos olhos. Meirelles não tem endereço no Estado e nem sequer é eleitor aqui, depois de transferir seu título para São Paulo, há anos. Os mesmos anos que se acumulam sem que ele tenha pisado no chão goiano, com o qual não tem nenhuma identificação, sequer a mais mínima, não existindo registro de qualquer benefício ou recurso ou qualquer coisa que tenha um dia destinado a Goiás, apesar dos cargos de máxima importância que exerceu – como, por exemplo, a presidência do Banco Central, um cargo que, sim, não é político, mas permite de alguma forma ao seu ocupante eventual construir alguma coisa de positivo por um Estado, sem problemas. Além disso, todos sabem que essa candidatura será baseada em estilo de campanha já conhecido pelo monumental derramamento de dinheiro – que não falta a Meirelles – para a obtenção dos votos necessários, representando um retrocesso sem precedentes para o processo de moralização da política desencadeado em Goiás com a posse do governador Ronaldo Caiado. O ex-ministro seria a antítese de tudo isso e um fator de empobrecimento da vida pública no Estado.
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