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BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Coluna Momento Político - 04 De Novembro De 2021

04/11/2021 às 14h22


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

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ACÚMULO DE PROBLEMAS SOCIAIS E ADMINISTRATIVOS EM APARECIDA GERA DESCONFIANÇA SOBRE MENDANHA

O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha é jovem ainda, mas de cabeça envelhecida, autocrata por natureza, um político de proveta que nunca enfrentou desafios significantes e sempre foi protegido da realidade primeiro pelo pai, o ex-deputado estadual Léo Mendanha, e depois pelo seu padrinho e antecessor Maguito Vilela, responsável integral pela sua 1ª eleição para a prefeitura do segundo centro urbano mais populoso do Estado. Mendanha não dá satisfações a ninguém. Faz o que lhe dá na telha, inclusive quanto a decisões fundamentais a propósito de políticas públicas que poderiam vencer os desafios que afligem o município que governa, onde falta tudo. Não há vagas para as crianças em idade de frequentar creches e receber a preciosa Educação Infantil. Dezenas de bairros seguem com as suas ruas tomadas pela poeira e pela lama, já que nunca receberam o prometido asfalto. Categorias de servidores da prefeitura são desrespeitadas nos seus direitos, como a Guarda Civil Municipal, que não merece a contrapartida justa aos bons serviços que presta à população aparecidense. Além disso, não cumpre as promessas que fez nas campanhas para o 1º e o 2º mandatos, quando iludiu o eleitorado vendendo o reino de fantasia em que todos os problemas de Aparecida seriam resolvidos e assumindo compromissos, como a construção de um Hospital do Câncer ou o Banco de Alimentos, que jamais saíram do papel – e, por coincidência, em nível estadual, estão sendo implantados pelo governador Ronaldo Caiado.

JAYME RINCÓN MUDOU-SE PARA SP, MAS AINDA ACREDITA NA RESSURREIÇÃO DE MARCONI

Recebi uma longa mensagem telefônica do ex-presidente da ex-Agetop Jayme Rincón, protestando, mais uma vez, pela sua inocência nas numerosas denúncias de corrupção que acometem a agência, aliás, desde antes da posse do governador Ronaldo Caiado. Rincón confirmou que se mudou para São Paulo, por conta dos filhos, que estão trabalhando na capital paulista. Quase que misticamente, ele acredita em uma ressurreição do seu grupo político e na redenção pessoal dele e do ex-governador Marconi Perillo diante das “injustiças” que sofreram e ainda sofrem. É o que ele imagina. Não vai ser fácil. Pelo sim, pelo não, Marconi tem gravado vídeos – como sempre saudosistas – e também se movimenta sugerindo que vai disputar o governo do Estado, embora persista robusta a convicção de que ele será mesmo candidato a deputado federal.

EM GOIAS, FILIAÇÃO DE BOLSONARO INFLUIRÁ NOS PARTIDOS, NÃO NAS URNAS

A decisão final do presidente Jair Bolsonaro sobre a sua filiação partidária, hoje entre o Republicanos, PP e o PL, tende a ter alguma repercussão em Goiás, não tanto eleitoralmente, mas pelos reflexos que inevitavelmente terá na estruturação estadual da legenda que ele escolher. Se for o PL, nada muda. A sigla já é bolsonarista de raiz, com a deputada federal Magda Mofatto provavelmente cedendo de bom grado o comando do diretório regional. Já no caso do Republicanos e do PP, aí a porca torce o rabo. A transferência da direção estadual para um bolsonarista – que pode ser o deputado federal Major Vitor Hugo ou até mesmo o senador Vanderlan Cardoso – implica em mudanças no arco de alianças que vem se desenhando para a próxima eleição e afetará, para o bem ou para o mal, candidaturas como a de Alexandre Baldy a senador, quanto ao PP, e do deputado federal João Campos, na esfera do Republicanos. Mas também será só. Do ponto de vista das urnas, Bolsonaro não tem nem terá poder algum de transferência de votos, de que ele e seus asseclas usufruíram no passado. É bananeira que já deu cacho.

FASE VIRTUOSA DO GOVERNO ANTECIPA MOBILIZAÇÃO PELA REELEIÇÃO DE CAIADO

Superavit primário expressivo, além do fim do déficit orçamentário, antecipam para 2022 a certeza de que será o grande ano da colheita do 1º mandato do governador Ronaldo Caiado. A fase virtuosa da gestão, superada a dolorosa etapa de ajustes que trouxeram a completa recuperação fiscal do Estado, mostra um Caiado que já distribui pacotes de bondades, lança e entrega obras em um ritmo pouco vezes visto antes, sempre em meio a uma intensa mobilizar popular promovida pelos prefeitos dos municípios que visita em clima apoteótico – levando a tiracolo o presidente estadual do MDB e seu candidato a vice Daniel Vilela e deixando muito pouco espaço para a movimentação dos adversários, hoje praticamente inexistente. O governador, a cada dia que passa, deixa claro que ainda tem muito a mostrar, na medida em que revela criatividade administrativa, como, por exemplo, o auxílio de R$ 100 reais mensais que vai pagar a todos os alunos da rede estadual de Ensino Médio, anunciado nesta semana.

“EVENTOS” COM ZÉ DA BOMBA E TIÃO DA AMBULÂNDIA NÃO ALAVANCAM CANDIDATURA

Em duas eleições seguidas para o governo do Estado, o senador Vanderlan Cardoso sofreu com a falta de público para os seus “eventos” nos municípios – sendo obrigado a postar fotos em que as maiores lideranças ao seu lado seriam metaforicamente tipos como o suplente de vereador Zé da Bomba e o candidato derrotado (a vereador) Tião da Ambulância. Não é fácil. Quem vem sentindo essa dificuldade na pele é o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, com suas viagens ao interior onde a inexpressividade de que o recebe e cerca é a tônica – geralmente o Zé da Bomba e o Tião da Ambulância. E o pior: geralmente gente que teve seus interesses contrariados, como o candidato a prefeito derrotado em Aparecida do Rio Doce, do DEM, que manifestou apoio a Mendanha depois de aguardar uma nomeação para uma diretoria do governo do Estado e não conseguir. É dura a vida de candidato da oposição, ainda mais um inexperiente e que não tem onde fazer campanha, como o aparecidense.

BALDY DEIXOU SP LARGANDO PARA TRÁS O MAIOR PREJUÍZO DA HISTÓRIA DO METRÔ

O ex-ministro e agora ex-secretário de Transportes do governo de São Paulo Alexandre Baldy deixou o cargo passando à história como o responsável pelo maior prejuízo que o metrô paulistano deu em todos os tempos, com um rombo de caixa sem precedentes no valor de R$ 1,7 bilhão em 2020 – e a caminho de números ainda maiores em 2021. E o pior é que Baldy foi flagrado pelos jornais de SP contando lorotas para tentar justificar esse desarranjo financeiro, ao alegar que o ano passado, por causa da pandemia, registrou queda no número de passageiros. Não houve nada disso. O que o rapaz não contou é que o metrô reduziu o número de trens e vagões nas suas linhas, tanto nos intervalos entre os horários de rush quanto nas horas de pico, aliás provocando aglomerações nocivas, o que ajudou a derrubar o faturamento. Ideia infeliz de quem sempre viveu em berço de ouro e não sabe administrar.

EM RESUMO

  • O governador Ronaldo Caiado voltou feliz da vida da viagem a Jataí, onde, acompanhado por Daniel Vilela, cumpriu uma agenda administrativa com o prefeito Humberto Machado, do MDB.

 

  • Caiado ficou impressionado com a acolhida nos numerosos eventos de que participou na cidade e viu de perto que tanto Daniel Vilela quanto Humberto Machado têm popularidade alta em Jataí.

 

  • O deputado federal José Nelto recolheu os planos de se desfiliar do Podemos e se transferir para o DEM (União Brasil). A chegada de Sérgio Moro ao partido abre novas perspectivas para o futuro político de Nelto.

 

  • O deputado federal João Campos está com a pulga atrás da orelha, desconfiado da sua fritura lenta pelo Republicanos – que não irá até as últimas consequências para defender a sua candidatura ao Senado.

 

  • Crescem as desconfianças de que o senador Vanderlan Cardoso estaria interessado em ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro a governador de Goiás agora mesmo em 2022. Parece muito real.

 

  • A linha entre o presidente da Assembleia Lissauer Vieira e o presidente do MDB Daniel Vilela foi ocupada nos últimos dias por um grande número de bombeiros buscando uma pacificação entre os dois.

 

Entre os embaixadores da boa vontade, atua o prefeito de Rio Verde Paulo do Vale, político que tem a credencial da respeitabilidade e da credibilidade. Ele quer evitar o aprofundamento do racha.

 

  • O ex-governador Marconi Perillo ganhou duas páginas de entrevista em O Popular, mas desperdiçou a maior parte com o velho hábito de ficar rememorando o que os seus governos fizeram.

 

  • É suicídio apostar em comparação entre o passado e o presente, primeiro porque ninguém se lembra nem quer se lembrar, depois porque a realidade de hoje permite fazer mais e com eficiência muito superior.