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Saiba como lidar com o clima seco de Goiânia

Aumento de doenças respiratórias no período do inverno exige maiores cuidados com a saúde

21/07/2017 às 14h13


POR Redação

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Com a chegada do inverno, as doenças respiratórias como asma, bronquite, faringite e rinite alérgica se agravam. O acumulo de ácaros, enxofre, partículas de poeira e o crescente aumento de queimadas, ajudam a manter o clima com baixo nível de umidade, que, em Goiânia, apresenta índices que chegam apenas a 20%. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia e Estatística em Goiás (Inmet), o mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde é de que a umidade esteja em 60%.

O período da tarde é o que registra a maior queda de umidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os índices entre 20% e 30% definem estado de atenção, devendo-se evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre entre as 11h e 15h, se proteger do sol, consumir muita água e líquido e, se possível, frequentar áreas com vegetação.

Com a expertise de quem recebe todos os dias pessoas com queixas respiratórias, o gerente farmacêutico da rede de drogarias Santa Marta, Adriano Umbelino, dá dicas de como aliviar os sintomas.  ‘’Ambientes fechados ajudam no acúmulo de fungos e ácaros, então o ideal é manter sempre os locais abertos e arejados’’, aconselha. O farmacêutico ainda afirma que, durante o dia, passar cremes hidratantes e usar o protetor solar, mesmo quando há pouco sol, ajudam a prevenir ressecamento e proteção da pele. Já o uso de lubrificantes nasais e colírios ajudam a evitar coceiras e ardências nas regiões do nariz e olhos.

Outra dica é utilizar o umidificador de ar. A gerente de negócios de higiene e beleza também da rede de drogarias Santa Marta, Cleide Máximo, é a responsável pela compra desse produto. “Sempre temos umidificadores no estoque, mas nessa época as vendas aumentam muito. Também há maior procura por medicamentos como antigripais e a indústria já se prepara para produzir mais, para atender a demanda nesse período”, explica.

A gerente ainda ressalta as novidades dos umidificadores mais modernos. Além de consumir menos energia, o barulho do motor é menor, sendo, consequentemente, mais silencioso do que os vendidos antigamente. A névoa também é mais intensa, tem maior durabilidade e o cliente não corre o risco de ter seu aparelho queimado caso a água acabe durante a noite, pois os novos modelos desligam automaticamente.

Contudo, o uso do aparelho exige cautela. Apesar de o umidificador de ar ser importante em dias de baixa umidade, é necessária atenção.  “Deixar o umidificador ligado o dia inteiro pode causar mofo, principalmente se a névoa estiver direcionada às cortinas e estofados. Porém, ele ainda é melhor do que o ventilador que, ao circular o ar, também faz a poeira circular, enquanto o ar condicionado deixa o ar ainda mais seco”, esclarece Cleide. Ela lembra ainda que métodos comuns, como usar toalhas molhadas e bacias d’água no quarto, também ajudam.

Conheça doenças respiratórias mais comuns. 

Rinite Alérgica

É uma reação alérgica que causa coceira, olhos lacrimejantes, espirros e outros sintomas similares. Segundo o Ministério da Saúde, a rinite pode ser considerada a doença de maior prevalência entre as doenças respiratórias crônicas e problema global de saúde pública, acometendo cerca de 20 a 25% da população em geral.

Embora com sintomas de menor gravidade, está entre as dez razões mais frequentes de atendimento em atenção primária em saúde. Ela afeta a qualidade de vida das pessoas, interferindo no período produtivo, podendo causar prejuízos por faltas no trabalho e na escola. Por ser uma doença sub diagnosticada pelos profissionais de saúde, e pelo fato de que nem todos os portadores de rinite procurem atendimento, há falta de controle dos sintomas.

Asma e Bronquite

Asma e bronquite são as principais vilãs do tempo seco. São doenças inflamatórias crônicas, ou seja, o pulmão do asmático ou brônquico já é mais inflamado do que o das pessoas normais. Como o ar chega menos filtrado, sobrecarrega o sistema respiratório.

Faringite

A faringite é uma inflamação na faringe, um órgão que fica na nossa garganta. Ela faz a ligação entre o nariz e a boca e também conecta a laringe ao esôfago. Quando a faringe está inflamada, a pessoa sente irritação, dor, coceira e desconforto na região.

As inflamações na faringe normalmente acontecem no inverno, quando o ar está mais seco e a população tende a se concentrar em ambientes fechados, com pouca ou nenhuma ventilação. Deste modo, as bactérias e os vírus entram pelas vias aéreas e causam doenças.

 Foto: Divulgação