Polícia Civil de Goiás cumpre, nesta quinta-feira (07/11), 50 mandados de prisão temporária e 50 de busca e apreensão contra uma organização criminosa suspeita de praticar fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro, por meio do golpe do novo número.
A operação batizada de Paenitere (arrepender-se, em latim) é considerada a maior realizada pela corporação neste ano, com envolvimento de 250 policiais.
A investigação teve início após a mãe de uma modelo e influencer digital transferir R$ 125 mil via pix aos criminosos, que usavam fotos e dados da filha. De acordo com o delegado Maytan Santana Lima, logo ficou evidente que o grupo tinha atuação em larga escala, fazendo vítimas em todo o Brasil.
“O núcleo desse sistema funcionava em Goiás”, explicou.
O delegado também destacou o alcance da operação, que identificou suspeitos nas diferentes etapas do esquema.
“Nós identificamos desde aqueles que entravam em contato com as vítimas se passando por familiares, até aqueles que arrecadavam e emprestavam as contas bancárias, e outros que vendiam dados pessoais”. Com objetivo de ressarcir as vítimas, a polícia pediu o bloqueio de R$ 7 milhões em bens e valores do grupo.
Embora a competência para investigar o crime de estelionato seja do aparato policial no local de residência da vítima, a Polícia Civil de Goiás vai colaborar com os demais estados em outras investigações.
“Vamos compartilhar as provas com todas as polícias civis do Brasil que necessitarem”, garantiu o delegado. “Eles (os suspeitos) podem responder por outros crimes em outros estados também”.
Em Goiás, as prisões foram realizadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia. Um suspeito foi preso em Barra do Garças (MT) e outro no Rio de Janeiro (RJ).